Economia

PS diz que sobretaxa de IRS demonstra sinais de desagregação do Governo

O vice-presidente da bancada socialista Marcos Perestrello considerou hoje que a fórmula para a sobretaxa de IRS demonstra sinais de desagregação do Governo, que entra numa nova dimensão ao prometer que o próximo executivo baixará impostos.  

26 de setembro: Durante o debate quinzenal, o secretário-geral do PS defende que o primeiro-ministro devia autorizar o levantamento do seu sigilo bancário, durante o período entre 1995 e 1999, tendo em vista haver absoluta transparência sobre os pagamentos que foram efetuados nessa época. Passos Coelho recusa fazer 'striptease' das suas contas bancárias
© Sergio Perez / Reuters

Esta posição de Marcos Perestrello, também líder da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL) do PS foi assumida à agência Lusa, depois de a comunicação social noticiar que o Governo vai indexar a redução da sobretaxa de IRS a ganhos alcançados na eficiência e combate à evasão fiscal ao longo de 2015.

"No domingo, referi que a forma atabalhoada como a proposta de Orçamento do Estado para 2015 foi aprovada em Conselho de Ministros extraordinária, numa maratona de última hora, nos fazia temer o pior. A confirmar-se a notícia de que, apesar das promessas públicas do CDS, o governo optou por manter a sobretaxa do IRS e propor a sua baixa em 2016, isso significa que o governo demonstra mais uma vez que não se entende e dá sinais claros de desagregação", sustentou o dirigente socialista.

Nas declarações à agência Lusa, o vice-presidente da bancada do PS fez ainda uma alusão ao facto de se realizarem eleições legislativas entre setembro e outubro do próximo ano e o Governo remeter a eventual devolução de parte ou da totalidade da sobretaxa de IRS para o início de 2016.

"A confirmar-se esta trapalhada, entramos numa nova dimensão orçamental em que o Governo não baixa os impostos, mas promete que o próximo Governo o fará", acrescentou o presidente da FAUL do PS.