Conde foi detido, juntamente com outras cinco pessoas, pela Unidade de Delitos Económicos da Guardia Civil e está a ser investigado por alegados delitos contra a Administração Pública, branqueamento de capitais, insolvência punível e organização criminal.
Além de Mario Conde, foram também detidos o seu filho Mario Conde Arroyo, bem como Fernando Guash Vega-Penichet, Francisco Javier de la Vega Jiménez, Francisco de Asis Cuesta Moreno e María Cristina Fernández Álvarez.
A "Operação Fénix", nome de código da ação policial de hoje, está em curso desde as primeiras horas da manhã e inclui cinco buscas nas casas do ex-banqueiro e nas suas empresas.
De acordo com fontes policiais citadas pela agência EFE, em causa estaria o "repatriamento" de dinheiro que estava na Suíça e no Reino Unido e que teria sido subtraído por Conde do Banesto nos anos em que dirigiu o banco. Os detidos, asseguram as mesmas fontes, estavam desde há algum tempo a trazer "quantidades moderadas" da Suíça e do Reino Unido para Espanha.
Conde chegou à presidência do Banesto em 1987, decidido a salvar a entidade de uma dívida próxima dos 100 mil milhões de pesetas. Apenas dois anos depois, em 1989, os cerca de 300 mil acionistas do Banesto obtiveram dividendos, o que elevou a popularidade e o reconhecimento de Conde.
O banqueiro chegou inclusivamente a ser premiado pela sua boa gestão e a Universidade Complutense de Madrid atribuiu-lhe o título honorífico de Doutor 'honoris causa'.
Os problemas do Banesto chegaram em 1993, quando se tornou pública a má situação financeira da entidade. A 28 de dezembro desse ano, o Banco de Espanha tomou conta do Banesto e destituiu Conde como presidente.
Lusa