Economia

Madeira, Lisboa, Porto e Algarve com ocupação acima da média nacional em 2016

A Madeira, as Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto e o Algarve foram as áreas a registar valores acima da média nacional da taxa de ocupação-cama em hotéis e outros alojamentos em 2016, segundo dados divulgados esta terça-feira pelo INE.

Madeira, Lisboa, Porto e Algarve com ocupação acima da média nacional em 2016
Rafael Marchante

De acordo com informação dos Anuários Estatísticos Regionais do Instituto Nacional de Estatística (INE), com base nos resultados do inquérito à permanência de hóspedes na hotelaria e outros alojamentos, estavam em atividade, em 2016, 4.805 estabelecimentos de alojamento turístico, com uma capacidade de 380.818 camas.

A sub-região do Algarve apresentava não só o valor mais elevado na capacidade média dos alojamentos turísticos (199), como também, juntamente com a Área Metropolitana de Lisboa e a Região Autónoma da Madeira, registava a maior assimetria entre a capacidade média da hotelaria e as restantes categorias de alojamento turístico.

De acordo com os dados, estas três sub-regiões eram as únicas com uma capacidade média na hotelaria acima de 200 camas.

A capacidade média de alojamento turístico, que relaciona a capacidade total com o número de estabelecimentos, era mais elevada no Algarve (199 camas por alojamento) e nas Áreas Metropolitanas de Lisboa (121) e do Porto (89). Em 2016, a capacidade média da hotelaria (181) era cerca de seis vezes superior à capacidade média do alojamento local e cerca de 10 vezes superior à capacidade média do turismo no espaço rural e do turismo de habitação.

A hotelaria representou 79,3% da capacidade de alojamento seguindo-se o alojamento local (15%) e o turismo no espaço rural e o turismo de habitação (6%).

A taxa líquida de ocupação-cama nos alojamentos turísticos portugueses foi, em 2016, de 46,4%. A Região Autónoma da Madeira (64,1%), as Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto (55,3% e 51,9%, respetivamente) e o Algarve (49,6%) eram as únicas sub-regiões a registar, neste indicador, valores acima da média nacional.

No ano passado, os valores mais reduzidos de procura face à oferta de alojamentos turísticos (abaixo de 30% neste indicador) registaram-se nas sub-regiões Interior do Continente, Alentejo Litoral e Alto Minho.

Em Terras de Trás-os-Montes este indicador registou o valor mais baixo do país: 16,3%.Já na área da administração regional e local, os dados hoje divulgados mostram que em 95 dos 308 municípios a receita própria representou em 2016 mais de metade da receita total das operações não financeiras, destacando-se com valores mais elevados os municípios de Lisboa e do Porto, bem como Lagoa, Albufeira e Lagos, no Algarve.

A receita das câmaras municipais proveniente de operações não financeiras foi superior à despesa, registando-se um saldo positivo de cerca de 657 milhões de euros. Todas as sub-regiões NUTS III (nomenclatura para efeitos estatísticos), com exceção do Alentejo Central, apresentaram um rácio entre a receita e a despesa superior a 100%, destacando-se a região de Leiria (118,7%) e o Médio Tejo (115,6%).

Em 2016, 42,1% da receita de operações não financeiras das câmaras municipais era proveniente de impostos e 26,1% de transferências recebidas do Estado através de fundos municipais.

De acordo com os dados do INE, em 95 dos 308 municípios a receita própria representou mais de 50% da receita total das operações não financeiras.

As câmaras municipais que apresentaram um maior peso da receita própria no total da receita - evidenciando, assim, um maior grau de independência financeira - foram Lisboa (92,8%) e os municípios de Lagoa (88,8%) e Albufeira (88,6%), no Algarve.

Lusa