"A decisão dos EUA prolonga a incerteza dos mercados, que já está a afetar as decisões das empresas", criticou o executivo da comunidade europeia em comunicado hoje divulgado por Bruxelas.
Na semana passada, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o Presidente francês, Emmanuel Macron deslocaram-se a Washington com o objetivo de tentar convencer Trump a tornar permanente a exceção da UE na aplicação das tarifas alfandegárias, de 25% para as importações de aço e de 10% para as de alumínio.
A comissão defende que os seus Estados membros devem gozar de uma isenção "total e permanente", uma vez que as medidas que a administração dos EUA ameaça aplicar "não podem ser justificadas com base na identidade nacional".
"Qualquer futuro programa de trabalho transatlântico deve ser equilibrado e mutuamente benéfico", acrescentou naquele comunicado.
O executivo comunitário acrescenta que a Comissária Europeia do Comércio, Cecilia Malmstrom, esteve em contacto nas últimas semanas com o Secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, e com o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, e que esses contactos "vão continuar".
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, adiou a imposição de tarifas sobre aço e alumínio na segunda-feira para os países da União Europeia, México e Canadá até ao próximo dia 01 de junho.
A Argentina, o Brasil e a Austrália estão isentos por tempo indefinido. Já a Coreia do Sul está isenta permanentemente, após ter chegado a um acordo definitivo com Washington.
O governo dos Estados Unidos anunciou que o acordo com a Coreia do Sul "é final" e que os acordos com a Argentina, Brasil e Austrália são "princípios de concordância", cujos pormenores serão anunciados em breve.
A administração norte-americana anunciou, em março, a aplicação de taxas alfandegárias de 25% sobre as importações de aço e de 10% sobre as de alumínio.
Com Lusa
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