Economia

Grupo sediado no Dubai vai construir centrais fotovoltaicas no norte de Moçambique

O grupo Phanes de energias renováveis, sediado no Dubai, vai construir três centrais fotovoltaicas para abastecer zonas da província de Lichinga, no norte de Moçambique, anunciaram as autoridades locais.

O governo provincial e o grupo assinaram um memorando de entendimento na terça-feira que prevê a instalação de centrais em Lichinga (capaz de fornecer 100 mw) e noutros dois distritos (Mandimba e Marrupa, com 50 mw cada), noticiam hoje os meios de comunicação estatais.

O investimento previsto é de 170 milhões de euros.

A escolha dos terrenos para implantar os painéis solares deve ser feita nas próximas semanas, anunciaram as autoridades locais.

O acordo prevê que a energia seja encaminhada para a rede de distribuição da Eletricidade de Moçambique (EDM), dependendo, por isso, da capacidade de receção e transformação das subestações daquela empresa pública.

De acordo com dados oficiais, só um quinto dos 1,9 milhões de residentes na província tem acesso a eletricidade.

O Governo de Moçambique apresentou em setembro de 2017 um programa que tem como objetivo garantir o acesso universal a eletricidade até 2030, em parte, com recurso a energias renováveis.

"Prevê-se eletrificar cerca de 332 vilas em todo país, com recurso a energia hídrica" a que se deverão juntar "343 projetos de energia solar", anunciou o Ministério dos Recursos Minerais e Energia.

A primeira central de energia solar de grande escala em Moçambique vai entrar em construção para estar operacional no início de 2019 num terreno de 126 hectares em Mocuba, província da Zambézia, centro do país.

Lusa