Economia

Estivadores em greve ao trabalho suplementar até setembro

Os trabalhadores portuários regressam hoje à greve ao trabalho extraordinário durante quatro semanas, até 10 de setembro. A paralisação abrange todos os portos e foi convocada pelo SEAL, o Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística, que contesta práticas anti-sindicais nos diversos portos portugueses e a falta de acordo de empresa nos vários portos portugueses.

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A paralisação abrange os portos de Leixões, Figueira da Foz, Lisboa, Setúbal, Sines, Caniçal, Praia da Vitória e Ponta Delgada e vai afetar todo o trabalho que ultrapasse o turno normal de trabalho ou um turno de trabalho diário, em dias úteis, e sobre todo o trabalho em sábados, domingos e feriados.

O Seal, o Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística acusa as empresas portuárias de perseguição, "comportamentos criminosos", "assédio moral, desde a perseguição à coação, desde o suborno à discriminação", "ameaças de despedimento" e "chantagem salarial", com o objetivo de "colocar os trabalhadores uns contra os outros" e também "evitar que os mesmos procedam à sindicalização de forma livre e consciente".

À SIC o presidente do SEAL, António Mariano, explicou que esta situação "inaceitável" reveste-se de "extrema gravidade no Porto de Leixões e permanece ainda graves no Porto do Caniçal.

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Este conjunto de práticas levou a um manifesto emitido há mais de um ano, com o levantamento de situações concretas, "do qual foi dado conhecimento às tutelas do setor portuário e do Trabalho", mas "estas criminosas situações continuam impunes", segundo o SEAL.