Segundo um porta-voz da empresa, o conselho de administração da Renault vai reunir-se hoje, mas a hora ainda não é conhecida.
Entretanto, o ministro da Economia disse em entrevista à FranceInfo que é "necessária uma presidência interina" e anunciou que vai estar presente no encontro de hoje e que deve reunir os administradores do Estado francês, que detém 15% do grupo.
Ghosn detido na segunda-feira sob a acusação de vários crimes
"Carlos Ghosn já não está em condições para dirigir o grupo (Renault)", acrescentou Bruno le Maire.
Por outro lado, o ministro da Economia adiantou que não foram identificadas fraudes fiscais em França cometidas por Carlos Ghosn, responsável máximo pela administração da Renault-Nissan.
Ghosn, 64 anos, foi detido na segunda-feira em Tóquio sob a acusação de vários crimes incluindo fraude fiscal.
"Não há nada de particular a apontar sobre a situação fiscal de Carlos Ghosn em França", disse le Maire na mesma entrevista.
De acordo com a imprensa japonesa, uma companhia holandesa associada à Nissan Motor gastou 15,5 milhões de euros em casas para Carlos Ghosn.
Segundo as notícias publicadas hoje em Tóquio, a empresa holandesa foi constituída em 2010 para a aquisição de vivendas particulares no Rio de Janeiro e em Beirute.
A cadeia de televisão pública NHK acrescenta numa outra notícia que foram adquiridas casas em Paris e Amesterdão, de forma irregular.
Lusa