A Câmara Municipal de Matosinhos garante desconhecer qualquer intenção para reconverter a refinaria da Galp, localizada na cidade, numa unidade para fornecimento de lítio refinado a uma empresa sueca. A autarca avança mesmo que essa opção não está em cima da mesa.
“Não tenho nenhuma informação que me diga que essa é a vontade da Galp. Não existe ainda nenhum plano que me tenha sido apresentado pela Galp nem pelo Governo de alternativas de funcionamento daquele equipamento”, garante Luísa Salgueiro, presidente a Câmara de Matosinhos.
Com a preservação dos postos de trabalho em mente, a autarca promete que converter o espaço numa refinação de lítio só será uma realidade se se provar que esta atividade não é poluente.
“Neste momento, a informação de que nós dispomos sobre os impactos que uma refinaria de lítio traz para a comunidade é muito escassa. Não existem ainda estudos realizados para essa situação. Porém, o que disse, e repito, é que a Câmara de Matosinhos não viabilizará atividades com impacto poluente para a nossa comunidade”, promete ainda Luísa Salgueiro.
Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, exige que a decisão de encerrar a refinaria seja revertida. Num encontro, em Lisboa, com os representantes dos trabalhadores da Galp, negou as preocupações ambientais ou os efeitos da pandemia como justificação para a decisão e contestou os números apresentados pela companhia.
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