Economia

Alfredo Casimiro "aceita considerar" proposta da TAP sobre aumento de capital da Groundforce

TAP propôs disponibilizar à Groundforce 6,97 milhões de euros, através de um aumento de capital e não de um adiantamento, como estava a ser negociado.

Alfredo Casimiro "aceita considerar" proposta da TAP sobre aumento de capital da Groundforce
MANUEL DE ALMEIDA

O acionista maioritário da Groundforce, Alfredo Casimiro, respondeu esta terça-feira à tarde à proposta da TAP. O empresário diz que "aceita considerar" um aumento de capital social da Groundforce, mas não quer perder o controlo da empresa.

Por isso, admite participar no aumento de capital e manter a posição de acionista maioritário.

No entanto, solicita uma Assembleia Geral de acionistas onde abdica dos prazos e da formalidades prévias de convocação. Na carta, Alfredo Casimiro pede que o valor por ação seja revisto e rejeita ter escondido qualquer penhora.

É a resposta do empresário à proposta do Governo.

A carta é assinada por Alfredo Casimiro e endereçada à TAP e Portugália, com cópia para o ministro das Insfraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos.

Para já, os 2.400 trabalhadores da Groundforce continuam sem saber quando é que vão receber os salários de fevereiro.

A proposta

O grupo TAP propôs disponibilizar à Groundforce 6,97 milhões de euros, através de um aumento de capital e não de um adiantamento, como estava a ser negociado, para desbloquear o impasse e evitar um "cenário de rutura iminente".

"O valor em causa será disponibilizado pelo Grupo TAP à SPdH [Groundforce], não a título de adiantamento do pagamento de serviços a prestar pela SPdH à TAP, mas através de um aumento do capital social da SPdH, de 500.000 euros para 7.470.000 euros, mediante a subscrição de 697.000 novas ações ordinárias a emitir com o valor nominal de 10 euros cada, a realizar por novas entradas em numerário, e a subscrever integralmente por uma empresa do Grupo TAP", lê-se numa carta, a que a Lusa teve acesso, enviada no passado domingo pela TAP ao acionista maioritário da Groundforce, a Pasogal, de Alfredo Casimiro.

Trabalhadores da Groundforce protestam em frente ao Palácio de Belém

Os funcionários da Groundforce estiveram esta segunda-feira em protesto em frente ao Palácio de Belem, em Lisboa.

Sem saber quando é que vão receber os salários de fevereiro, os trabalhadores pediram que a empresa aceite a proposta apresentada pela TAP.

Manifestação de trabalhadores da SPdH/Groundforce convocada pelo movimento SOS handling, em protesto pelo não pagamento de salários e os despedimentos anunciados, em frente ao Palácio de Belém, em Lisboa
Loading...