O possível fecho da central a carvão do Pego, no concelho de Abrantes, está a preocupar os populares a autarquia. Em causa estão cerca de 85 postos de trabalho diretos e um impacto indireto ainda maior na economia da região. Apesar da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo defender a continuidade da empresa que está a operar, o Governo pretende abrir um concurso público para exploração privada desta central.
Depois do encerramento da central de Sines, o Governo, através do Ministério do Ambiente, anunciou que o fecho da central a carvão do Pego ocorrerá até ao final do ano. A decisão não é pacífica: em causa estão, entre outros temas, a manutenção de 85 postos de trabalho e o processo de conversão desta central às energias renováveis.
Para Manuel Valamatos, presidente do município de Abrantes, a solução passa por uma reconversão da central de forma a assegurar a manutenção da atual empresa e dos seus trabalhadores. A decisão é apoiada pelos municípios que compõem a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, mas está em oposição às pretensões do Governo.
Em declarações à SIC, o gabinete do Ministro do Ambiente adianta que a abertura de “um procedimento concursal é a forma de atribuição de capacidades que melhor defende a transparência e o interesse público, possibilitando a seleção de um projeto em linha com aqueles que são os objetivos fundamentais de política energética deste Governo”.
As autarquias da região pedem uma resolução rápida e eficaz para este problema. Por outro lado, algumas organizações ambientais vêm criticando o atraso no fecho e na reconversão desta central.