A Galp recusa comentar as críticas que o primeiro-ministro lançou no domingo à empresa, a propósito do encerramento da refinaria de Matosinhos. A comissão de trabalhadores acusa António Costa de eleitoralismo, mas espera que o Governo possa ainda levar a empresa a reverter a decisão.
No conteúdo, os trabalhadores subscrevem tudo aquilo que António Costa disse no domingo sobre a forma como a Galp lidou com o encerramento da refinaria de Matosinhos.
"Remeteu-se sempre ao silêncio durante este período todo. Tem ficado calado perante as insistentes perguntas, pedidos de reunião, até agora que se pronunciou durante a campanha eleitoral, nas vésperas nas eleições autárquicas", considera Helder Guerreiro, coordenador da Comissão de trabalhadores da Petrogal.
A Comissão de trabalhadores espera que o primeiro-ministro passe das palavras aos atos e que o Governo intervenha na empresa, onde tem uma participação de 7%, através da Parpública.
Dos 400 trabalhadores sobram agora perto de uma centena, que vão assegurar as operações de desmantelamento até janeiro de 2024. O funcionamento do parque logístico para abastecer o mercado de combustíveis na região norte.
O futuro dos 290 hectares do complexo ainda está por definir. A autarquia anunciou entretanto que vai reivindicar uma parcela dos terrenos, mesmo em frente ao mar.
A Câmara garante também que não vai permitir qualquer tipo de especulação imobiliária.
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