Economia

Concurso para reconversão da central a carvão do Pego derrapa três meses

O concurso lançado pelo Governo em setembro previa entrega de propostas até 18 de outubro, mas o prazo acaba de ser prorrogado até 17 de janeiro

Lançado há pouco mais de duas semanas, o concurso para atribuir a capacidade de ligação à rede elétrica hoje explorada pela central a carvão do Pego, e assim encontrar uma solução de reconversão desta termoelétrica, vai derrapar pelo menos três meses.

A Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) anunciou que foi decidido "prorrogar o prazo de entrega das propostas até ao dia 17 de janeiro de 2022, bem como o programa de procedimento, de forma a colmatar erros e omissões identificados e tornando mais claros determinados critérios de majoração das candidaturas a serem apresentadas ao procedimento".

Quando o concurso foi lançado, a 17 de setembro, ficou estipulado que o período de apresentação de projetos decorreria entre 20 de setembro e 18 de outubro, de acordo com o despacho assinado pelo secretário de Estado da Energia, João Galamba.

Além da informação sobre a prorrogação do prazo de entrega de propostas, a DGEG indicou que o júri do concurso preparou um conjunto de respostas às questões colocadas por várias empresas interessadas.

O concurso garantirá aos vencedores uma capacidade de ligação à rede elétrica de 325 megawatts (MW) caso os projetos sejam exclusivamente de energia solar ou de 485 MW caso haja também recurso a outras tecnologias.

Entre os interessados na licitação estão a Trustenergy e a Endesa, empresas que compõem a estrutura acionista da Tejo Energia (que explora a central do Pego até ao final de novembro), mas que se desentenderam quanto ao futuro desta instalação, apresentando projetos distintos para ligação à rede.