O Conselho Europeu está reunido para discutir temas como a situação do Estado de Direito na Polónia e, sobretudo, a subida do preço dos combustíveis. Portugal é um dos países que vai defender a aquisição conjunta de combustível.
Para o jornalista do Expresso Vítor Andrade, esta é "uma tentativa de Portugal empurrar para a Comissão Europeia essa decisão de se poder resolver o problema lá, e não aqui".
No Conselho Europeu, esta medida já está a ser posta de lado e o jornalista explica os motivos: estruturas inexistentes que iam demorar muito tempo a serem construídas, lidar com economias muitos instáveis, como Rússia, Argélia, países árabes, que podem oscilar em termos de preços, tempos de venda e volumes de produção.
"Vão ter de ser os países a resolver por si só os seus problemas internamente", afirma.
Em relação aos preços dos combustíveis, estima-se que a situação não mude nos próximos meses ou até um ano.
O jornalista explica que os contratos com as petrolíferas estão fechados e, nesse prazo, não estão previstas "grandes oscilações".
"É uma situação que não muda de um dia para o outro e vamos ter que viver com isto."
Para Vítor Andrade, a solução passa por cada Governo mexer na carga fiscal que incide sobre os produtos petrolíferos, nomeadamente no gasóleo e gasolina.
Afirma ainda que, eventualmente, o aumento dos combustíveis vai começar a ter impacto também "nas prateleiras do supermercado". "Já não está longe disso."
"Mais dia menos dia, vamos começar a sentir produtores alimentares básicos mais caros."