Economia

Endividamento da economia portuguesa cresceu 600 milhões de euros em setembro

O aumento do endividamento deveu-se ao crescimento da dívida do setor privado (empresas privadas e particulares) de 2 mil milhões de euros. No conjunto do terceiro trimestre do ano, o endividamento do setor não financeiro diminuiu de 373,4% para 369,9% do PIB, graças à redução do endividamento do setor público.

O endividamento do setor não financeiro (isto é, administrações públicas, empresas e particulares fora do setor financeiro) em Portugal aumentou 600 milhões de euros em setembro para 764,5 mil milhões de euros, mostram os dados do Banco de Portugal (BdP) divulgados esta segunda-feira. O aumento do endividamento deveu-se ao crescimento do endividamento do setor privado (empresas privadas e particulares não financeiros) de 2 mil milhões de euros, para 419,4 mil milhões de euros, que foi contrabalançado pelo setor público.

No caso das empresas privadas o endividamento cresceu 1,3 mil milhões de euros, "devido, principalmente, ao financiamento obtido junto do exterior". Por sua vez, nos particulares "subiu 0,6 mil milhões de euros e resultou no incremento do endividamento face ao setor financeiro".

Por outro lado, o setor público (administrações públicas e empresas públicas) viu o seu endividamento diminuir 1,4 mil milhões de euros, para 345,1 mil milhões de euros. Segundo o BdP, a redução "resultou da diminuição do endividamento junto do exterior (3,8 mil milhões de euros), que foi parcialmente compensada pelo crescimento do endividamento face ao setor financeiro e às próprias administrações públicas (1,6 e 1,0 mil milhões de euros, respetivamente)".

Já no conjunto do terceiro trimestre do ano, entre julho e setembro, o endividamento do setor não financeiro diminuiu de 373,4% para 369,9% do Produto Interno Bruto (PIB), graças à redução do endividamento do setor público, que desceu de 170,6% para 167,0% do PIB. Já o endividamento do setor privado praticamente não se alterou: subiu de 202,8% para 202,9% do PIB.