Economia

Lucros da CGD sobem 65%, banco considera que não são "excessivos"

A Caixa Geral de Depósitos teve lucros consolidados de 486 milhões de euros no primeiro semestre do ano.

Lucros da CGD sobem 65%, banco considera que não são "excessivos"

Face aos 294 milhões de euros registados em igual período do ano passado, os lucros dos primeiros seis meses do ano representam uma subida de 65%, divulgou esta sexta-feira o banco.

O presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Paulo Macedo, disse esta sexta-feira que o banco público não tem lucros excessivos, de que é exemplo a margem da instituição, recordando que a banca já tem impostos extraordinários.

O gestor respondia às questões dos jornalistas sobre os "lucros caídos do céu", em alusão ao imposto extraordinário sobre a banca e a energia criado em Espanha, durante a conferência de imprensa de apresentação dos resultados da CGD.

"Não temos lucros excessivos, nem na margem. Tivemos felizmente várias áreas do banco a correr bem".

Paulo Macedo recordou que a banca já paga uma contribuição extraordinária desde 2011, tendo sido ainda criado em 2020 o adicional de solidariedade sobre a banca.

"A CGD e outros bancos todos os anos que tiveram prejuízos pagaram o imposto extraordinário", disse.

"Esta evolução reflete um menor custo do risco de crédito no período após a fase mais aguda da pandemia covid-19 e a venda de alguns ativos 'não core' (não estratégicos), bem como o contributo da atividade internacional para o resultado líquido do Grupo, no valor de 109 milhões de euros, cerca de 22% do total, um crescimento de 77% face ao primeiro semestre de 2021", refere o grupo na informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Entre janeiro e junho deste ano, o desempenho comercial suportou o volume de negócios, que cresceu 2%, um aumento de 3,2 mil milhões de euros face ao final de 2021.