Foi lançado esta quarta-feira o projeto da nova linha de alta velocidade que prevê a viagem de alta velocidade entre Lisboa e Porto, a partir de 2030. O Governo fala em revolução e garante que o país tem condições financeiras para avançar, mas as promessas sobre comboios de alta velocidade já se vêm a repetir à mais de 20 anos.
Atualmente, a ligação entre Lisboa e o Porto demora quase três horas numa viagem de Alfa (o mais rápido dos comboios em funcionamento). Em 2030, o objetivo é que a viagem dure apenas uma hora e 15 minutos.
O promessas que Pedro Nuno Santos fez esta quarta-feira não são novas. Já têm vindo a ser repetidas desde 1999, ou seja, há 23 anos. João Cravinho, ministro do Planeamento da altura, tinha anunciado que a linha chegaria na década seguinte. Mas não aconteceu.
Com a mudança do Governo, o projeto não morreu. Durão Barroso voltou a prometer que o projeto ia ser executado. José Sócrates, em dezembro de 2005, voltava a apresentar novamente o projeto. Mas com o défice a subir, Pedro Passos Coelho “matou” o projeto em 2010: “Não temos dinheiro”.
Agora, o projeto de alta velocidade renasce: António Costa garante que o país tem “todas as condições” para iniciar as obras durante a legislatura e “seguir a devida viagem”.