Economia

Maior fornecedor de gás natural da Galp alerta para “redução substancial”

Maior fornecedor de gás natural da Galp alerta para “redução substancial”
Jose Carlos Carvalho

Aviso foi recebido pela Galp Energia, que já enviou um comunicado à CMVM.

A Galp Energia informou ter recebido um “aviso de força maior” do seu principal fornecedor de gás natural - a Nigeria LNG, alertando para uma “redução substancial” na produção e fornecimento de gás natural liquefeito (GNL).

Em causa estão as cheias que estão a afetar a Nigéria e, consequentemente, a provocar a redução da produção e exportação do gás natural liquefeito.

Que impacto é que isto pode ter para Portugal?

A Nigéria é o maior fornecedor de gás natural de Portugal, mas, em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Galp diz não haver ainda informação que permita avaliar “os potenciais impactos deste acontecimento”.

Admite, ainda assim, que podem “resultar em disrupções de aprovisionamento adicionais para a Galp”.

João Galamba foi à Nigéria assegurar gás importado

Recorde-se que no início de setembro o secretário de Estado Adjunto e da Energia e o CEO da Galp reuniram com o Governo nigeriano para garantir o fornecimento de gás natural a Portugal para o inverno.

João Galamba e Andy Brown estiveram em Abuja para sensibilizar o Executivo da Nigéria a reforçar a segurança das infraestruturas energéticas.

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Isto depois de 4 de um total de 30 entregas de gás natural liquefeito terem falhado.

As negociações terão corrido bem, tendo ficado acordado que até dezembro Portugal receberia mais 11 carregamentos: sete já previstos e os quatro em falta.

Na altura, o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, disse acreditar que a Nigéria estava a fazer "todos os esforços" para entregar o gás com o qual se comprometeu, assinalando que contratos deste género preveem "penalizações e prazos".

Portugal importou, até agosto, quatro mil milhões de metros cúbicos de gás natural liquefeito, dos quais mais de metade provenientes da Nigéria.

Nigéria é um dos países mais afetados pelas cheias em África

Cinco milhões de pessoas em 19 países da África Ocidental e Central foram afetadas por chuvas acima da média e "inundações devastadoras" nos últimos meses, advertiu o Programa Alimentar Mundial da ONU.

Entre os países mais atingidos encontra-se a Nigéria, onde as inundações afetaram 3,48 milhões de pessoas, causaram numerosas mortes e destruíram 637.000 hectares de terras agrícolas.

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