A China impediu as energéticas chinesas de importarem gás natural liquefeito (GNL) a clientes estrangeiros. O objetivo da restrição é garantir abastecimento suficiente para autoconsumo no inverno.
A ordem de Xi Jinping, avançada pela Bloomberg, pressiona a União Europeia, uma vez que a Rússia já não envia gás. Os 27 já ultrapassaram a margem de segurança de 90% relativamente às reservas de gás para o inverno. Os preços do gás na Europa caíram quase 60% em relação a agosto.
A Comissão Nacional para o Desenvolvimento e Reforma da China pediu à PetroChina, à Sinopec e à Cnooc que utilizem os carregamentos do gás apenas para abastecimento doméstico.
Contactados pela Bloomberg, a comissão e as empresas em questão não responderam.
A China ultrapassou o Japão no ano passado e tornou-se o maior importador mundial de GNL.
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Governo português cria reserva estratégica de gás natural
O Governo criou uma reserva estratégica de gás natural e estabeleceu medidas extraordinárias e temporárias de reporte de informação e de garantia da segurança de abastecimento de gás, para vigorarem por dois anos.
"Não pode excluir-se que eventos extraordinários possam vir a colocar em causa a garantia de abastecimento de gás natural ao Sistema Nacional de Gás (SNG), pelo que importa instituir preventivamente medidas excecionais e temporárias", explica o Governo, no preâmbulo do decreto-lei publicado em Diário da República.