A subida das taxas Euribor está a ter um efeito devastador em muitas famílias que pagam a casa ao banco. Mas há também milhares de empresas que neste momento enfrentam sérias dificuldades.
Durante a pandemia, muitas empresas recorreram às linhas de crédito criadas pelo Governo e agora, com juros tão altos, não conseguem pagar a dívida.
Foram anunciadas como um apoio do Governo para ajudar as empresas a enfrentar as dificuldades provocadas pela pandemia e, nessa altura, faziam sentido para as duas partes.
No entanto a situação alterou-se e as empresas que recorreram a estas linhas ou a outras, por exemplo a que foi criada depois do furacão Leslie, em 2018, já estão a enfrentar a subida acentuada, e sem fim à vista, das taxas Euribor.
A isto juntam-se os efeitos da inflação com a subida dos custos de produção e um abrandamento da procura, que as micro, pequenas e médias empresas já começam a notar.
A confederação defende que os créditos possam ser renegociados, mas pede também outros apoios a fundo perdido para que a dívida das empresas não aumente ainda mais.
Perante as dificuldades atuais, as micro e pequenas empresas admitem que é pouco provável terem condições para subir os salários em 5,1%, como propõe o Governo para o próximo ano.