Economia

Até quando e quanto vão subir as taxas de juro?

Os especialistas já tinham avisado. É uma inflação duradoura e persistente. Para a combater, tem que se subir os juros, não há outra maneira.

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Para José Gomes Ferreira, da SIC, “seguramente que a tendência vai confirmar-se que é um acompanhamento daquilo que a Reserva Federal norte-americana está a fazer, que é: subidas consistentes das taxas de juro que deverão ir acima de 4% ou eventualmente até 5%”.

Explica também que para a Europa “acompanhar esse movimento é incontornável por uma razão: tem a ver com movimentos de capitais e com a liberdade de movimentos de capitais em que, enquanto na Europa a remuneração desses investimentos é mais baixa, o dinheiro tende a fugir para onde é mais bem remunerado: os EUA. Por isso é que o BCE andou a reboque e foi subindo também as taxas de juro na Europa”.

José Gomes aponta ainda outra razão: “para combater a inflação, tem que passar pela subida das taxas de juro”, porque, esclarece, “apesar de haver discursos políticos e, sobretudo, discursos partidários ideológicos a dizer que há sempre alternativas, em política financeira e, sobretudo, em política monetária não há alternativas a determinadas realidades. Sobe a inflação, sobe o preço dos bens e serviços. Porque houve muito dinheiro a ser emitido pelos bancos centrais.”

Além disso, deixa ainda um aviso: “a inflação é endémica, não é temporária, ao contrário do que o Governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, e a senhora Christine Lagarde, Presidente do Banco Central Europeu, andaram a dizer”.

Recorda ainda que os especialistas já diziam que não ia ser assim e confirma-se.