Economia

Aumento do preço das casas: valores não deverão descer em 2023

Setúbal, Madeira e Évora foram as regiões onde a subida foi mais acentuada no ano passado.

Prédios em Lisboa.
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O preços das casas continua a subir e não é só nas grandes cidades. O maior aumento do preço face a anos anteriores registou-se na Madeira, Setúbal e Évora. Neste último distrito, o valor subiu mais de 45% quando comparado com 2019.

Em 2019 um T2 com quintal e garagem, em Évora, estava avaliado, em média, em 150 mil euros, mas hoje em dia um imóvel semelhante tem um valor de mercado situado entre 200 e 210 mil euros.

Foi justamente no ano anterior à pandemia que o preço das casas, localizadas neste distrito, começou a aumentar, mas foi apenas em 2022 que esse aumento se tornou mais significativo.

“Notámos uma subida na ordem dos 30% nos bairros periféricos e no centro histórico a subida dos preços foi mais considerável e com uma percentagem ainda superior a essa”, revela Pedro Caldeira, diretor da agência Remax Ideal Évora.

A muita procura e a pouca oferta fizeram o preço por metro quadrado disparar e em 2022 este valor ultrapassou os dois mil euros.

“A procura versus oferta é escassa. Não há construção nova, não há arrendamento, não há nada, portanto, as pessoas não têm solução. Há liquidez, há dinheiro e enquanto isso existir e a procura for assim e a oferta mais escassa do que a procura vai ter sempre estes valores”, afirma Patrícia Barroso, consultora imobiliária na Predimed Évora.

Ainda não há grandes certezas quanto a 2023, mas a previsão é de que os preços se mantenham.

“Os mercados não estão estáveis, as taxas de juro estão a subir. (...) Não me leva a crer que 2023 traga um decréscimo dos valores da habitação”, antevê Pedro Caldeira.

Patrícia Barroso vai ao encontro das palavras do do diretor da agência imobiliária e estima que os valores se vão manter.

Em 2022 os preços não subiram só em Évora. Para além deste distrito, Madeira e Setúbal registaram também o maior aumento do preço das casas face a anos anteriores.