É um dos maiores aumentos em bens considerados por lei como essenciais. As telecomunicações vão ficar mais caras já a partir do próximo mês. E a subida pode chegar perto dos 8%. As operadoras justificam o aumento com a inflação e com os custos da energia. Mas a DECO tem dúvidas sobre a legalidade da forma como está a ser comunicado aos consumidores.
Se é cliente da Vodafone provavelmente já recebeu um e-mail a informar que em março entram em vigor os novos preços. A operadora justifica que “o setor tem sido fortemente afetado pelo atual contexto” e que “o preço vai ser atualizado com um aumento máximo de 7,8%”.
A mesma informação está a ser enviada pela MEO, que diz ser “inevitável atualizar o valor da mensalidade conforme contratualmente previsto e que a mesma será atualizada em 7,8%”.
A maioria dos contratos tem esta cláusula, ou seja, aumentar o preço em linha com a inflação é legal. De legalidade mais duvidosa é, aos olhos da DECO a forma como está a ser comunicado.
A DECO apelou ao Governo para que avançasse com uma lei travão, à semelhança do que aconteceu com as portagens que não são consideradas bens essenciais.
A SIC tentou, sem sucesso, uma reação da Anacom a estes aumentos que para os clientes MEO chegam já em fevereiro.
A NOS remete para dia 23 de janeiro a percentagem do subida. Na Vodafone, a subida acontece em março. Este é um dos maiores aumentos no setor de atividade que é alvo de mais queixas dos consumidores.