O Algarve é das regiões que mais sofre com a crise na habitação. Há poucas casas, e são ainda mais caras, o que torna difícil atrair trabalhadores para o turismo, um setor essencial. O Primeiro-ministro esteve esta quarta-feira na região no sul do país, entre outros compromissos, a lançar a primeira pedra de um parque habitacional, financiado pelo PRR.
Os altos preços e a pouca oferta estão a estrangular a capacidade de atrair mão-de-obra na região onde o turismo vai batendo recordes consecutivos.
A falta de alojamento afetou o comércio local que depende dos trabalhadores sazonais para dar conta do trabalho durante os meses mais movimentados do ano.
Hotéis vão precisar de oito mil trabalhadores
Os hotéis algarvios já anunciaram que para o próximo verão necessitam de quase oito mil trabalhadores para manter todos os serviços em pleno funcionamento.
Aliás, há várias cadeias hoteleiras a gastar vários milhões de euros na compra de apartamentos de férias para alojar pessoal.
Contudo, não é só o turismo que é afetado, já que a falta de habitação torna impossível atrair professores ou médicos para a região. Comprar poderia ser solução, mas até essa oferta vai escassa.
António Costa rumou ao Algarve
Os ministros estiveram em peso no sul do país a assistir a mais um momento em que António Costa deu o pontapé de saída para a construção de um parque habitacional com 49 apartamentos.
O primeiro-ministro pretende deixar obra feita, mas as casas só estarão prontas daqui a 720 dias, mais de dois anos.
Depois deste compromisso, António Costa esteve na apresentação do estudo do metro de superfície do Algarve e ainda na inauguração de uma esquadra da PSP, em Vila Real de Santo António.
