Economia

Porque estão os alimentos tão caros? ASAE coloca brigadas a fiscalizar preços

Esta semana, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica instaurou 51 processos-crime por especulação em fiscalizações a 960 operadores e moveu 91 processos de contraordenação.

ASAE
Loading...

Em janeiro de 2022, um cabaz com bens essenciais custava perto de 75 euros às famílias portuguesas. Em fevereiro deste ano, o preço do mesmo cabaz ultrapassava os 96 euros. A inflação voltou a baixar em fevereiro, fixando-se agora nos 8,2%, mas o custo de vida está cada vez mais caro.

A ASAE está no terreno a fiscalizar o aumentos dos preços dos alimentos e já instaurou mais de 50 processos-crime. O Grupo Sonae, que detém os supermercados Continente, apresentou lucros de 210 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano passado.

Em comunicado enviado aos trabalhadores, a que o Jornal ECO teve acesso, a presidente do grupo, Cláudia Azevedo, garante que os culpados da inflação não são os hiper e supermercados. A líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, acusa a empresária de lucrar à conta dos consumidores.

À direita, André Ventura exige a uma maior fiscalização e considera inaceitáveis as margens de lucro de algumas empresas. Para o Presidente da República, a especulação dos preços tem de ser controlada.