Face à crise bancária que se vive, “hoje a palavra de ordem para a economia é mitigar todos os efeitos que vêm do exterior e possam pressionar os bancos”, disse Mário Centeno, esta segunda-feira, num almoço promovido pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP).
Centeno abordou ainda a evolução da inflação e das taxas de juro, frisando que acima de 2% “é uma coisa má e nunca temporária”.
Em relação aos bancos portugueses, afirmou que, nos últimos anos, reduziram o risco, com menos crédito malparado, e que estão “muito mais capitalizados que anteriormente”, salientando que dois bancos concluíram “com sucesso” os planos de reestruturação, fazendo referência ao Novobanco e à Caixa Geral de Depósitos.
Acrescentou ainda que o banco de Portugal está atento a fatores de risco para mitigar qualquer impacto nos bancos nacionais. No entanto, avisa que qualquer problema nos mercados financeiros é um risco acrescido.
“É muito importante minimizar a turbulência que se gera em torno do setor bancário da área do euro e que nos possa afetar. Todos sabemos que com as interações que os mercados têm, os riscos que enfrentam, temos de continuar a monitorizar, de estar atentos a essa dimensão”, afirmou o ex-ministro das Finanças do PS.