Economia

Taxa de juro dos novos créditos habitação sobe para valor mais alto desde 2021

Segundo os dados divulgados pelo Banco de Portugal, o valor é seis vezes superior à taxa de juro registada em fevereiro de 2022 e é também o valor mais elevado desde 2021.

Taxa de juro dos novos créditos habitação sobe para valor mais alto desde 2021
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A taxa de juro dos novos créditos à habitação atingiu no mês de fevereiro um valor seis vezes superior ao registado há um ano e está cada vez mais próxima da taxa de juro praticada nos contratos de taxa fixa.

Os dados mostram também que o custo financeiro dos novos contratos de crédito à habitação está a aproximar-se da taxa de juro praticada pelos contratos com taxa fixa, que em fevereiro situou-se nos 4,2%.

O Banco de Portugal revela também que em fevereiro as amortizações antecipadas dos créditos à habitação representaram 0,85% do stock de crédito, “valor semelhante ao registado em janeiro, mas superior à média mensal de 0,54% registada em 2022.”

Já na semana passada, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, disse que o banco não está comprometido 'ex ante' com as taxas de juro, pelo que nem se comprometeu em aumentá-las ainda mais, nem terminou com os aumentos.

Lagarde salientou também que "com a incerteza elevada, é ainda mais importante que o ritmo dos movimentos das taxas de juro seja dependente dos dados".

"Isto significa, 'ex ante', que não estamos comprometidos em aumentar ainda mais as taxas, nem terminámos com os aumentos das taxas de juro", de acordo com a presidente do BCE.


"De facto, como expliquei na semana passada, se o cenário base nas nossas projeções mais recentes se confirmar, ainda temos algum caminho a percorrer para assegurar que as pressões inflacionistas sejam reduzidas", acrescentou Lagarde no seu discurso.

O BCE aumentou o preço do dinheiro desde julho do ano passado em 350 pontos base para 3,50%.

A presidente do BCE salientou que "embora seja provável que a inflação caia acentuadamente este ano devido aos preços mais baixos da energia e à redução dos estrangulamentos na oferta", a inflação subjacente, que exclui energia e alimentos, é forte.