Os tripulantes de cabine da EasyJet estão a cumprir esta segunda-feira o terceiro e último dia de greve, que tem afetado milhares de passageiros. O sindicato fala numa adesão de 100% com mais de 70 voos cancelados. Os tripulantes da companhia aérea de baixo custo dizem que têm os piores contratos da aviação civil.
A razão do protesto em Faro é sustentada pelos gráficos que revelam a diferença de tratamento que estes tripulantes dizem estar a ser alvo.
A base da EasyJet no Aeroporto de Faro foi criada em 2021, no pico da pandemia e numa altura de confinamentos. A atividade da EasyJet neste aeroporto terá aumentado 200%, asseguram.
Durante os três dias de paralisação, foram cancelados 18 voo de e para Faro.
Os problemas estendem-se aos outros aeroportos do país que também tiveram protestos e efeitos da greve.
No Porto, entre sábado e segunda-feira, o sindicato assegura que houve 36 chegadas e partidas que não aconteceram.
O aeroporto de Lisboa foi o mais afetado. Os tripulantes dizem que só não foi pior devido aos serviços mínimos decretados que obrigaram a que as viagens para o Funchal, Londres e Genebra acontecessem.
O que diz a companhia? É um cenário diferente
Apesar dos problemas reportados pelo sindicato, a companhia aérea revela um cenário bem diferente no comunicado que enviou à comunicação social.
Garante que houve constrangimentos em apenas 20% dos voos, diz que está desapontada com a paralisação, sobretudo dado o investimento que tem feito em Portugal e espera que o sindicato do pessoal da aviação civil se chegue à frente em breve para retomar o diálogo.