Economia

Governo “não aumenta salários porque não quer”, acusa Frente Comum

A Frente Comum acusa o Governo de ser intransigente ao dar por fechadas as negociações salariais, mantendo a proposta de aumento adicional de 1% e do subsídio de refeição para seis euros.

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A Frente Comum afirmou esta quarta-feira que continuará a lutar por aumentos salariais depois da reunião dos sindicatos da Administração Pública com o Governo. Cristina Torres diz que o Governo só não aumenta salários “porque não quer”.

“O Governo não se chega à frente na resposta às necessidades, mas existem condições. Não aumenta salários de forma a responder às necessidades dos trabalhadores porque não quer”, disse a dirigente sindical.

A Frente Comum garante que vai manter as ações de luta e recorda a concentração marcada para dia 19 em Lisboa.

“Vamos estar aqui no dia 19 a lutar pela exigência de aumentos salariais”, garantiu.

O Governo informou esta quarta-feira que vai manter a proposta de aumento adicional de 1% e do subsídio de refeição para seis euros na Administração Pública.

A reunião suplementar com o Governo realizou-se a pedido dos sindicatos, após duas rondas negociais sobre salários. Na última reunião, realizada há uma semana, o Governo já tinha sinalizado que não haveria margem para ir mais além.

Segundo a secretária de Estado, com estas medidas, a valorização global da massa salarial da administração pública passa de 5,1% para 6,6%.

A secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires, disse ainda estar a trabalhar com o Ministério das Finanças “para que haja uma atualização das tabelas retenção de IRS para não haver perda de liquidez relativamente ao aumento salarial”.

Estas medidas somam-se à atualização salarial já aplicada em janeiro, de 52,11 euros para salários até cerca de 2.600 euros e de 2% para remunerações superiores.