Economia

Aumento das pensões: atraso é "particularmente incompreensível", diz Livre

O partido considera que o Governo "ou errou nos cálculos" ou "não quis" dar o acréscimo de 3,57% aos pensionistas no início do ano.

Aumento das pensões: atraso é "particularmente incompreensível", diz Livre
Frederico Correia/SIC

O Livre considerou esta segunda-feira "particularmente incompreensível" o aumento das pensões apenas a partir de julho, considerando que o Governo "ou errou nos cálculos" ou "não quis" dar o acréscimo de 3,57% no início do ano.

O partido lembra que em outubro o executivo alegou que só poderia dar meia pensão de apoio, "sob pena de pôr em causa a sustentabilidade da Segurança Social", e agora garante que a sustentabilidade do sistema "vai até 2060".

"Não se pode brincar assim com a vida das pessoas", criticou o Livre, para quem o Governo "ou errou nos cálculos - e então faria bem em admiti-lo - ou sabia que podia fazer o aumento pela totalidade desde o início e não quis".

Para o Livre, "este atraso na atribuição do aumento devido das pensões é particularmente incompreensível quando certamente que há muito tempo que o Governo estava na posse de dados económicos que lhe permitiam saber que tinha meios para aumentar as pensões na totalidade do valor devido".

"Este atraso no aumento das pensões - corrigido agora, tardiamente - leva a que o poder de compra dos pensionistas só agora seja compensado na sua totalidade, quando havia condições para o ter feito há mais tempo", sustentou.

O partido de Rui Tavares considerou ainda necessário saber, "sem 'vamoslaverismos' por parte do Governo e do primeiro-ministro", se os pensionistas terão o aumento legal que lhe é devido a partir de 2024, pergunta a que o líder do executivo respondeu afirmativamente na conferência de imprensa desta segunda-feira.

Os pensionistas vão ter, a partir de julho, um aumento de 3,57% nas suas pensões, anunciou esta segunda-feira António Costa, no final de um Conselho de Ministros extraordinário que aprovou novas medidas de apoio ao rendimento.

"Na sequência do Programa de Estabilidade [hoje apresentado] fizemos hoje um Conselho de Ministros extraordinário que aprovou um aumento intercalar das pensões a partir do próximo mês de julho, no valor de 3,57%", disse o primeiro-ministro.