Esta terça-feira começa a ser pago um apoio adicional ao abono de família, que é pago a cada criança e jovem beneficiária do mesmo. O apoio é de 45 euros e será pago trimestralmente, no montante mensal de 15 euros. Gabriel Bastos, secretário de Estado da Segurança Social, explicou, em direto na SIC Notícias, de forma mais pormenorizada o pagamento desta verba.
Gabriel Bastos começou por frisar que este pagamento é um complemento ao já existente abono de família e chega numa altura especialmente difícil para as famílias portuguesas devido à inflação. O apoio consiste "num valor fixo" de 15 euros por criança que recebe o abono de família "até ao 4.º escalão", sendo que neste escalão será pago “até às crianças de seis anos”.
"É pago trimestralmente até ao final deste ano e este mês de maio, hoje precisamente, é pago o primeiro trimestre, portanto no valor de 45 euros [no total] por criança membro do agregado. Soma ao valor da prestação do abono", explicou o secretário de Estado.
As famílias abrangidas por este novo apoio recebem o valor de forma automática e não necessitam de fazer qualquer tipo de candidatura ou processo semelhante. Se por razões de aumento do agregado familiar, até ao final do ano, uma família passar a receber o abono de família, a mesma "não será excluída" do novo apoio extraordinário.
Apoio acresce a outro já existente
“Este abono já acresce a um apoio extraordinário às famílias mais vulneráveis de 30 euros que já foi pago em abril também para fazer face a esta conjuntura, e às necessidades das famílias com o acréscimo de despesa mensal relacionada com o aumento de inflação”, afirmou.
Gabriel Bastos revelou que cerca de 1,1 milhões de crianças serão abrangidas por este subsídio que, para já, apenas será pago até ao final do ano. O secretário de Estado disse, no entanto, que o e “não deixará de mobilizar os meios coletivos de solidariedade nacional”, em caso de necessidade. Porém, não clarificou se este novo apoio se manterá no próximo ano.
Não existe "qualquer discriminação"
Relativamente às crianças que podem receber este subsídio, Gabriel Bastos revelou que não existe "qualquer discriminação" relativamente à nacionalidade. Para o pagamento ser possível basta apenas que a criança esteja inscrita na Segurança Social.