Os cinco maiores bancos em Portugal reestruturaram mais de 30 mil créditos à habitação. As prestações da casa dispararam devido ao aumento das taxas de juro e muitas famílias renegociaram os empréstimos da casa para aliviar a taxa de esforço.
O Banco Central Europeu parece ter abrandado o ritmo, mas os efeitos do aumento dos juros no credito à habitação fazem-se sentir na carteira dos portugueses.
Os cinco maiores bancos a operar em Portugal reestruturam 31.350 empréstimos da casa nos primeiros três meses do ano.
Em parte devido à lei que o Governo criou que obriga os bancos a renegociar os créditos. O decreto lei 80A está em vigor desde novembro de 2022 e vigorará até dezembro.
De modo a evitar o incumprimento, as famílias optam por renegociar para aliviar a taxa de esforço.
A Caixa Geral de Depósitos foi o banco que mais créditos renegociou, dos quais 900 ao abrigo da lei.
O Santander disse ter feito quase oito mil renegociações apenas no primeiro trimestre.
Já, o Millennium BCP, reestruturou 6.500 empréstimos, dos quais 650 no âmbito da norma do Governo.
O Novo Banco, mais de seis mil. Por fim, o BPI entre janeiro e abril, reviu quase dois mil contratos.
O Banco Português de Investimento revelou, ainda, que quando o decreto lei 80A entrou em vigor, a instituição recebeu mais de mil pedidos por semana.
As taxas de juro devem atingir o pico no verão.
A Euribor é a taxa de referência que define quando se paga pela casa ao banco. De acordo com o Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses é a taxa mais utilizada nos créditos.