O Governo vai empurrando, semana após semana, a escolha de quem vai ficar com 71,73% da Efacec. O fundo alemão Mutares parece bem posicionado entre os quatro candidatos que se mantêm no concurso de privatização da empresa portuguesa, mas ainda não há sinais de formalização da venda apesar da Parpública ter entregado já o relatório com o seu parecer das melhores propostas apresentadas.
Quanto mais tempo passa maior é a fatura do Estado. Desde que nacionalizou a Efacec já gastou com a empresa pelo menos 250 milhões de euros e pode ainda ter de reforçar o capital da empresa para acompanhar o novo acionista no investimento.
Segundo o Jornal de Negócios, a empresa encontra-se em falência técnica, tendo acumulado desde 2020 prejuízos superiores a 310 milhões de euros. Só na parcela de resultados negativos do ano passado foram contabilizados 52,8 milhões de euros.
A Efacec foi nacionalizada em julho de 2020. O Estado ficou com a posição detida por Isabel dos Santos depois do caso 'Luanda Leaks'. Esta é o segunda tentativa do Governo para reprivatizar a Efacec depois da construtora DST ter desistido do negócio devido às exigências impostas por Bruxelas.