Economia

Certificados de Aforro: todos os esclarecimentos sobre as mais recentes alterações

O Governo suspendeu a série E e criou a série F com um juro mais baixo, de 2,5%, mas que sobe conforme o número de anos em que se deixe o dinheiro aplicado.

Notas de euro
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O Governo suspendeu a série dos Certificados de Aforro que era mais rentável com uma taxa de 3,5% e, a partir de segunda-feira, surge uma nova modalidade com um retorno mais baixo de 2,5%. Será possível aderir nos balcões dos CTT, dos bancos ou através da internet.

Quem já tinha a subscrição de um certificado de aforro não precisa de se preocupar porque as condições não se alteram. As mudanças são para quem vai fazer novas subscrições, a partir da próxima semana.

A série E era a que tinha maior procura porque oferecia uma rentabilidade a começar nos 3,5%. O Governo suspendeu-a e criou a série F com um juro mais baixo, de 2,5%, mas que sobe conforme o número de anos em que se deixe o dinheiro aplicado.

Só entre janeiro e abril, os portugueses colocaram perto de 11 mil milhões de euros em certificados de aforro o que superou, em muito, as expetativas do Governo. No entanto, a alteração não é consensual.

Autoridade da Concorrência e Banco de Portugal “não funcionam”

“Em primeiro lugar, precisávamos de uma Autoridade da Concorrência decente e um Banco de Portugal que interviesse como deve ser, mas sabendo nós que eles não funcionam, neste momento, a principal depressão que havia em cima da banca eram precisamente os certificados de aforro. Esta fuga que estava a haver dos depósitos para os Certificados estava a obrigar a banca portuguesa a reagir”, refere Luís-Conraria, economista.

A partir da próxima semana, entra em vigor outra alteração: os CTT e os Espaços do Cidadão perdem a exclusividade da comercialização dos Certificados de Aforro.

Na portaria publicada, o Governo prevê que os bancos passem a fazer a subscrição destes produtos nos balcões, sites e aplicações móveis.