Economia

Mudanças nos Certificados de Aforro: "Não houve pressão" por parte da banca, garante Governo

No primeiro trimestre de 2023, as famílias portuguesas aplicaram mais de 9 mil milhões de euros em certificados de aforro. O que significa que os depósitos nos bancos tendem a abrandar e isso traduz-se em perdas.

Mudanças nos Certificados de Aforro: "Não houve pressão" por parte da banca, garante Governo
TIAGO PETINGA
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A subscrição de Certificados de Aforro da série E, a única em comercialização, foi suspensa esta sexta-feira. No entanto, o Ministério das Finanças informou que a série F substitui a série E já a partir da próxima segunda-feira.

No primeiro trimestre, as famílias portuguesas aplicaram mais de 9 mil milhões de euros em certificados de aforro. O que significa que os depósitos nos bancos tendem a abrandar e isso traduz-se em perdas. De acordo com os dados de março, os bancos perderam 3 mil milhões de euros devido à corrida aos certificados de aforro.

Em declarações aos jornalistas, este sábado, João Nuno Mendes, secretário de Estado das Finanças, referiu que o Governo planeava ter feito “3,5 mil milhões e temos feito 10 mil milhões em sensivelmente cinco meses”. Diz também que havia a necessidade de "coar taxa de remuneração dos certificados".

Intervenção da banca?

“É um quadro de gestão planeada da dívida pública e portanto, nos entendemos, que é uma adaptação da remuneração se compararmos com outras ofertas no mercado vamos chegar à conclusão que é um produto bom, um produto atrativo”, esclarece.

Questionado sobre se a banca fez alguma pressão para que esta alteração acontecesse, o secretário de Estado garante que não e que “existe zero de cedência”.

Série F coloca em 50 mil euros o valor máximo

A portaria que cria uma nova série de certificados de aforro, designada 'série F'", agora divulgada no site daAgência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), coloca em 50 mil euros o valor máximo destes certificados por conta aforro.

Um valor que, refere a mesma fonte, "poderá ser alterado por despacho do membro do Governo responsável pela área das finanças", mas que é cinco vezes inferior ao montante máximo por conta aforro (250 mil unidades sendo cada unidade correspondente a um euro) permitido ao abrigo da série E.

lém do limite dos 50 mil euros, a portaria, com data de 02 de junho, define, então, como "máximo de certificados da 'série F' acumulado com certificados da 'série E' por conta aforro" as "250.000 unidades" (que correspondem a 250 mil euros).