O IRS deve baixar mais do que o previsto no próximo ano. O Governo tinha confirmado uma redução de 525 milhões de euros. Mas afinal o corte poderá chegar aos mil milhões de euros.
Como a SIC já tinha avançado, o desagravamento deve ir até ao sétimo escalão e, em alguns casos, também as taxas podem baixar.
“Vai bastante além dos 500 milhões, pode até ser na ordem dos mil milhões, ligeiramente mais ou menos, dependendo de algumas condições. Portanto, é um alívio fiscal bem maior do que aquele que tem sido referenciado”, afirma Luís Marques Mendes.
O valor ainda não está totalmente fechado, mas o comentador da SIC diz que o Governo quer antecipar o calendário que tinha definido em abril.
"O Governo tem a intenção, ao que eu apurei, de antecipar valores que estavam previstos para 2026 e 2027. O valor final deve estar a ser fechado nas próximas horas".
OE entregue amanhã no Parlamento
Até porque o executivo tem até esta terça-feira para entregar o Orçamento do Estado (OE) na Assembleia da República. No documento estará prevista a atualização dos escalões de IRS.
Ao que a SIC apurou, o desagravamento pode ir até ao limite máximo do sétimo escalão. Ou seja, deve beneficiar quem recebe até 50 mil euros anuais, cerca de 3 mil e 600 euros por mês.
Para as empresas, também estão previstas medidas e incentivos para aumentarem os salários em pelo menos 5%, como ficou definido no reforço do acordo de rendimentos, assinado este sábado entre Governo e parceiros sociais, em que só a CIP e CGTP ficaram de fora.
Nesse documento, e também no OE, estará previsto que os empregadores que no próximo ano apliquem esses aumentos distribuam os lucros pelos trabalhadores.
O valor é equivalente a um salário base e nunca ultrapassa aos 4.100 euros. Esse pagamento fica isento de IRS e de TSU, mas não se aplica a acionistas.