No regresso dos debates quinzenais, que aconteceu uma semana depois da apresentação do Orçamento do Estado para 2024, a oposição deixou várias criticas à redução dos impostos.
“Centraram-se na carga fiscal, mas o problema é que a carga fiscal pode ser um indicador muito enganador”, começou por explicar o comentador da SIC, Pedro Nuno Santos, ao dizer que "o nível da carga fiscal não ajuda a perceber as variáveis que verdadeiramente nos interessa a todos os nós.
Para além de que Portugal “tem muitos problemas, mas o problema do país não é a carga fiscal”, rematou.
"Portugal gasta menos do que a média da União Europeia"
Em Portugal, no ano de 2022, a despesa corrente foi de quatro pontos percentuais inferior à média da União Europeia, referiu Pedro Nuno Santos.
“Quer dizer que nós não temos um problema com a despesa corrente primária. Isto mostra que há espaço para que o Estado possa assumir mais despesa de carater permanente”, afirmou.
Ainda sobre a despesa corrente primária, o comentador da SIC também deixou um alerta:
“Era importante também que tivéssemos consciência que nós não temos um Estado gastador e, sim, há margem para que o Estado assuma mais responsabilidades de carater permanente".