Economia

Da infância à reforma, este guia ajuda-o a poupar em todas as fases da vida

Apesar de nem sempre ser fácil, deve poupar ao longo da vida. No Dia Mundial da Poupança, que se assinala esta terça-feira, o Doutor Finanças lança o Guia de Poupança para todas as idades. A SIC Notícias mostra-lhe algumas estratégias e dicas que constam no guia.

Da infância à reforma, este guia ajuda-o a poupar em todas as fases da vida
Canva

Seja em criança, na adolescência, no início de carreira, a partir dos 30, em que começa a ter mais obrigações, ou nas décadas seguintes, deve poupar dinheiro. Porquê? Provavelmente terá objetivos que envolvem muito dinheiro, como comprar casa. Por outro lado, para ter um fundo de emergência para imprevistos ou amealhar dinheiro para uma reforma mais confortável.

A SIC Notícias apresenta-lhe alguns métodos - divididos por fazes da vida - que deve pôr em prática ou adaptá-los às suas necessidades. As dicas fazem parte do Guia de Poupança para todas as idades lançado pelo Doutor Finanças, uma empresa especializada em finanças pessoais e familiares.

Crianças

"De pequenino é que se torce o pepino", já ouviu este provérbio? Pois bem, os bons hábitos devem ser ensinados desde cedo.

Na infância, deve tentar incutir a importância do dinheiro. Ou seja, explicar às crianças de onde vem e para que serve. Isto pode ser feito, por exemplo, através de contos, fábulas e jogos infantis.

Por outro lado, poderá dar semanada ou mesada (ou optar por nenhuma delas). Cabe aos pais decidirem o que faz mais sentido. No entanto, para o Doutor Finanças, atribuir uma semanada seria o indicado, uma vez que permitirá que as crianças aprendam a gerir dinheiro.

Adolescentes

Na adolescência, é possível assumirem mais responsabilidades. Por exemplo, passar a semanada para mesada, sugere o Doutor Finanças. Ou seja, disponibilizar dinheiro apenas uma vez por mês, em vez de todas as semanas, para que o adolescente aprenda a gerir uma quantia maior por mais dias.

Nesta fase, pode abrir uma conta poupança. Além de prevenir gastos desnecessários, põe o dinheiro a render.

Dos 18 aos 39 anos

Uns mais tarde, outros mais cedo. É, à partida, nesta fase da vida que se começa a receber salários regularmente.

É importante fazer as contas. Isto é, fazer um orçamento para ter uma ideia clara de quanto vai gastar em despesas e que quantia pode destinar à poupança. É um bom princípio que ponha de parte, logo no início do mês, pelo menos 10% do ordenado.

É também uma boa altura para começar a construir o fundo de emergência. O ideal é que se crie um montante que cubra, pelo menos, seis meses de despesas essenciais, caso seja um trabalhador por conta de outrem, ou 12 meses, se for um trabalhador independente.

Nesta fase da vida pode querer investir o seu dinheiro. O melhor será começar com investimentos de baixo risco, como certificados de aforro e certificados de tesouro. Pode também optar por colocar o dinheiro num depósito a prazo ou investir em seguros de capitalização.

Dos 30 aos 40 anos

Numa altura em que as obrigações deverão aumentar, é essencial que saiba para onde está a ir o seu dinheiro. Assim, é fundamental que mantenha o registo de orçamento.

Se decidiu comprar casa ou vai avançar para esse processo, não aceite a primeira proposta apresentada pelo banco em relação ao crédito à habitação, aconselha o guia do Doutor Finanças. Deve analisar e comparar as condições de cada crédito.

Nesta década deve também começar a pensar em amealhar dinheiro para a reforma através de um PPR. Quanto mais cedo preparar esse momento, maior conforto financeiro terá quando lá chegar.

Dos 40 aos 55 anos

Se já criou um PPR, faça reforços quando tiver disponibilidade. Se ainda não criou, é o momento para o fazer.

Por estas idades, poderá começar a preparar o futuro dos filhos ou amortizar alguns créditos, se tiver disponibilidade para tal, recomenda o Doutor Finanças.

Dos 55 aos 67 anos

São os últimos anos antes da reforma. Por isso, segundo a empresa especializada em finanças pessoais e familiares, deverá fazer um último estímulo ao PPR e, se conseguir, investir em seguros de capitalização ou certificados de poupança do Estado (aforro e tesouro).

Depois dos 67 anos

A partir daqui, aproveite a reforma. Afinal, esteve a vida toda a poupar.

Se tem um PPR, tem um rendimento extra além da pensão de velhice. Poderá receber tudo de uma vez ou dividido por meses.

Se quiser continuar a investir, o Doutor Finanças recomenda que o faça em produtos de capital garantido para uma reforma com mais tranquilidade e sem sobressaltos.