Economia

Preço do petróleo a descer num momento em que o consumo está "acima do esperado"

A OPEP indica que o consumo mundial de petróleo está "melhor do que o esperado" neste trimestre, com uma média de 103,3 milhões de barris diários - cada um negociado a 82 dólares -, mais 150.000 em relação ao previsto há um mês.

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A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) divulgou esta segunda-feira um novo relatório sobre o mercado do petróleo, em que justifica a queda dos preços com a especulação. O barril está neste momento a ser negociado a 82 dólares (cerca de 77 euros), quando em setembro valia quase 100 (aproximadamente 94 euros).

A queda do preço do petróleo é explicada pela Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas que diz que os países exportadores perceberam que o conflito no Médio Oriente não afeta a normal exploração petrolífera, pelo que a sua atividade continuou sem percalços.

A continuação da descida dependerá, pelo menos em parte, do tempo que durarem os conflitos e da forma como podem Influenciar o nervosismo dos mercados.

Consumo mundial de petróleo está "melhor do que o esperado"

A OPEP indicou, esta segunda-feira, que o consumo mundial de petróleo está "melhor do que o esperado" neste trimestre, com uma média de 103,3 milhões de barris diários, mais 150.000 em relação ao previsto há um mês.

Com base nestes dados, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) afirmou que reviu ligeiramente em alta (mais 20.000 barris diários) a sua previsão para todo o ano, apontando agora para uma média de 102,11 milhões de barris diários (mbd), um aumento de 2,45% em relação a 2022.

Os principais contribuintes para esse crescimento são a China e a Índia, com aumentos de 7,6% (para 16 mbd) e de 4,5% (para 5,4 mbd), respetivamente, em comparação com o ano anterior. Também a América Latina registou ao longo do ano um aumento sólido de 3,7%, mas a sua procura petrolífera ainda se mantém modesta, em comparação com outras regiões (6,7 mbd), segundo o relatório.

Com Lusa