Economia

Amortizações do crédito à habitação disparam mais de 60%

Nos primeiros nove meses de 2023 foram investidos mais de seis mil milhões de euros. Um número quatro mil milhões de euros mais alto do que o investimento registado entre janeiro e setembro do ano passado

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É uma forma de investir dinheiro, que parece atrair cada vez mais portugueses: amortização do crédito à habitação. No último ano, as amortizações dispararam e é uma possível consequência da subida de juros e da falta de soluções de investimentos de baixo risco.

A DECO Proteste avisa que cada um deve analisar o próprio caso com muito cuidado.

"Como as dívidas, os empréstimos subiram de forma muito significativa, as taxas de juro que são suportadas começaram a ter um diferencial muito grande em relação aquilo que eram as taxas de juro que as famílias conseguem obter com essas poupanças em produtos de poupança de baixo risco, nomeadamente até a questão da descida das taxas de juro dos certificados de aforro contribuíram para este facto", explica Nuno Rico da Deco Proteste.

Nos primeiros nove meses de 2023 foram investidos mais de seis mil milhões de euros. Um número quatro mil milhões de euros mais alto do que o investimento registado entre janeiro e setembro do ano passado.

De um ano para o outro foi um crescimento superior a 60%. Os dados são do Banco de Portugal e consideram, apenas, as amortizações antecipadas de empréstimos que servem para a compra de primeira casa, conhecida como habitação própria permanente.

O produto parece atrativo, mas como qualquer investimento é preciso ter cuidado e avaliar caso a caso.

"A família não deve pôr em causa nenhum fundo de emergência que tenha, e quando falamos aqui em fundo de emergência é aquele fundo que deve estar disponível para fazer face a uma despesa inesperada, não deve utilizar isso para efeitos de amortização", sublinha Nuno Rico