O crédito à habitação é o que mais pesa no orçamento familiar e quem arrisca incumprimento por não suportar o aumento das taxas de juro, avançou para uma renegociação.
No mês de agosto, a renegociação do crédito à habitação representava 40% dos novos créditos concedidos, em setembro já representava 42%. Só em agosto e setembro, de acordo com o Público, o valor renegociado foi perto de 1.477 milhões euros de euros de crédito, subindo para 5.326 milhões de euros desde o início do ano.
Nos cinco maiores bancos - Caixa Geral de Depósitos, BCP, Santander, BPI e Novo Banco - até setembro foram renegociados mais de 100 mil créditos à habitação. Um número que vai continuar a subir nos próximos meses, uma vez que os valores das taxas euribor ainda não estão refletidos no stock dos empréstimos.
Com o aumento do risco da carteira de crédito e o receio de correção dos preços no mercado imobiliário, o Banco de Portugal decidiu impor aos principais bancos nacionais a criação de uma reserva de capital suplementar.
A decisão do Banco de Portugal surge numa altura em que está a diminuir o montante do crédito à habitação em carteira e em sentido contrário está a aumentar a exposição da banca ao imobiliário.