Os dados foram divulgados pela Petróleos da Venezuela SA (PDVSA) através do X, acrescentando que a maior parte, 279,1 mil milhões de barris, estão na Faixa Petrolífera do Orinoco Hugo Chávez, no sudeste do país, 20.330 mil milhões de barris estão entre os estados de Zúlia e Falcón (noroeste), 1.088 mil milhões de barris entre Barinas e Apure (sudoeste) e 343 mil milhões de barris em Carúpano (nordeste).
Segundo a imprensa local, a Arábia Saudita segue em segundo lugar em reservas globais comprovadas com 298 mil milhões de barris e na terceira posição está o Canadá com 170 mil milhões. Na quarta e quinta posição estão o Irão e o Iraque, com 156 mil milhões e 145 mil milhões, respetivamente.
A Venezuela prevê atingir, em 2024, a meta de produção de mais de um milhão de barris diários, 27,7% mais que a média de 783 mil barris produzidos por dia em 2023.
Na terça-feira, os EUA anunciaram que vão reativar as sanções contra o setor petrolífero e do gás venezuelano, denunciando o incumprimento por Caracas dos compromissos assumidos com a oposição, em outubro de 2023, tendo em vista as eleições presidenciais deste ano na Venezuela.
"Na ausência de progresso (...) incluindo permitir que todos os candidatos presidenciais concorram nas eleições deste ano, os Estados Unidos não renovarão a licença que autoriza a compra de petróleo e gás venezuelano quando esta expirar em 18 de abril de 2024", afirmou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, em comunicado.
O Governo norte-americano considera que "as ações do Presidente Nicolás Maduro e dos seus representantes na Venezuela, incluindo a prisão de membros da oposição democrática e a proibição de candidatos concorrerem nas eleições presidenciais deste ano, são inconsistentes com os acordos" assinados pelos representantes do Presidente venezuelano e da Plataforma Unitária, da oposição.
O anúncio teve lugar depois de, a 26 de janeiro, o Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela confirmar que a vencedora das eleições primárias da oposição, Maria Corina Machado, não poderá concorrer contra Maduro nas presidenciais, previstas para o segundo semestre.
Em resposta, o Governo da Venezuela ameaçou rever os mecanismos de cooperação bilateral entre Caracas e Washington e revogar de imediato os voos de repatriação de venezuelanos.
"Se derem o passo em falso de intensificar a agressão económica contra a Venezuela, a pedido dos lacaios extremistas do país (...), qualquer mecanismo de cooperação existente será revisto como contramedida à tentativa deliberada de atacar a indústria petrolífera e de gás venezuelana", anunciou a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodriguez, na X.
Com Lusa