Os protestos dos agricultores marcaram mais uma manhã de debate no Parlamento Europeu, em Estrasburgo. Os eurodeputados pedem mais apoios, menos burocracia e mexidas na Política Agrícola Comum.
Com as eleições europeias à vista e os agricultores na rua, os eurodeputados dão razão a quem protesta.
A Comissão Europeia reconheceu que os problemas que afetam a agricultura na União Europeia são complexos e que os fundos da Política Agrícola Comum (PAC) são insuficientes.
É também apontado o dedo aos líderes e estados-membros que, na semana passada, chegaram a acordo sobre a revisão do orçamento comunitário, mas sem mais verbas para a agricultura, pelo contrário.
Não há propostas concretas em cima da mesa, mas a Bélgica, que tem a presidência rotativa da União Europeia, admite que é preciso mexer nas regras da PAC.
Ainda este mês, a Comissão deverá apresentar uma proposta para reduzir a burocracia e os custos administrativos ligados à PAC. No dia 26 será a vez de os ministros da Agricultura da União Europeia olharem para soluções.
Já na terça-feira, a presidente da Comissão Europeia, Úrsula von der Leyen, anunciou a retirada da proposta que apontava a redução para metade o uso de pesticidas na agricultura até 2030, parte central do Pacto Ecológico, a legislação ambiental da UE, que é também um dos alvos dos protestos dos agricultores.