Economia

CGD avança com aumentos médios de 3,25% e mantém negociações

A Caixa Geral de Depósitos decidiu avançar com uma atualização salarial média de 3,25%, que será aplicada no salário deste mês de fevereiro, com efeitos a 1 de janeiro, enquanto ainda decorrem as negociações com os sindicatos, que já rejeitaram este valor.

CGD avança com aumentos médios de 3,25% e mantém negociações

Numa comunicação enviada esta segunda-feira aos trabalhadores a que a Lusa teve acesso, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) adianta que avançou com uma atualização salarial média de 3,25%, que corresponde, em cada nível da tabela salarial, "a um aumento mínimo de 3%, com aplicação do mínimo de 52,63 euros".

Já o subsídio de refeição aumenta de 12,50 para 12,91 euros e o subsídio de apoio ao nascimento sobe de 900 para 1.000 euros, refere o banco público na comunicação aos trabalhadores. Com esta atualização, acrescenta que 80% dos trabalhadores passa desde já a auferir uma remuneração superior a 2.000 euros.

O banco liderado por Paulo Macedo realça que os aumentos salariais para 2024 ainda não foram acordados em sede de contratação coletiva de trabalho, mas "em função do atual contexto económico, considera que é do melhor interesse proceder à valorização imediata dos salários e promoção das condições de vida dos colaboradores da CGD".

A proposta de aumento de 3,25% foi a segunda apresentada, depois dos 3% iniciais, ao STEC, Mais Sindicato, SBN e SBC, tendo sido recusada por estes sindicatos, numa altura em que as propostas salariais conhecidas no setor são de 2%, destaca a nota aos trabalhadores.

"No decurso normal de um processo negocial, e após a realização de apenas três reuniões negociais, o Sindicato de Trabalhadores das Empresas do grupo Caixa Geral de Depósitos (STEC), sem aviso, entendeu desvalorizar as negociações através de um pré-aviso de greve (formulado posteriormente pelo MAIS, SBC e SBN)", critica a CGD. "Não se compreende, assim, o intuito subjacente à convocatória de uma greve na Caixa, o que não sucede na restante banca e pese embora a CGD tenha apresentado a melhor proposta de revisão salarial do setor".

Na semana passada, as estruturas sindicais anunciaram que "depois de mais uma reunião de negociação infrutífera" decidiram "convocar uma greve no banco para 1 de março", defendendo que "os trabalhadores têm direito a aumentos salariais dignos".