O preço das casas em Portugal subiu mais 5% até março. Os especialistas defendem que é preciso mais oferta e que a procura vai regressar depois da redução de juros.
Os números do setor da habitação divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) não dão margem para duvidas: Em 2023, o número de alojamentos baixou 18,7% face a 2022.
Para termos uma ideia, seria preciso recuar até 2017 para termos um registo tão baixo.
De 2023 para 2024 o mercado foi contornando curvas, mas sem grandes saltos ainda que no primeiro trimestre deste ano o preço médio de venda de habitação tenha sido de 1.644 euros o metro quadrado, um aumento de 5%.
Não só a oferta, mas também o aumento de juros fez retrair a procura, embora os especialistas do setor acreditem que a subida não vai escalar nos próximos meses.
Nos últimos 10 anos, em Portugal construíram-se 17 fogos por cada 1.000 habitantes, o que representa um terço da média da União Europeia. Ou seja, será preciso que Portugal apanhe a boleia da Europa e invista em mais construção.
Segundo dados recentes do INE, os preços das habitações aceleraram em 14 dos 24 municípios mais populosos, com destaque para o Funchal, Porto e Lisboa.
Tendo a capital o preço mais elevado de todos, com cerca 4.000 euros por metro quadrado.