O número de trabalhadores em 'lay-off' mais do que triplicou em julho em comparação com o mesmo período de 2023. Por outro lado, continua a aumentar também o numero de insolvências nos setores do têxtil e do calçado.
Em julho deste ano, 12.927 trabalhadores estavam em lay-off, um aumento de mais de 200% face a julho de 2023.
O regime previsto no código de trabalho foi processado em 398 empresas, menos 20 do que no mês anterior, mas mais 102 do que no período homólogo do ano passado.
O lay-off pode ser usado por empresas em situação de crise e funciona com redução temporária do horário de trabalho ou suspensão de contratos.
Se por um lado aumentou o número de trabalhadores em lay-off, por outro continua a aumentar o número de insolvências.
Os setores do têxtil e do calçado são dos que atravessam um momento pior.
Segundo o Jornal de Notícias, as altas taxas de juro, a inflação, dificuldades em comprar matéria prima e concorrência de empresas chinesas são apontadas como as causas para a dificuldades vividos nos dois setores.
Até junho deste ano, o aumento de insolvências foi de 9,3%, relativo ao período homólogo.
O Jornal de Notícias aponta os concelhos de Felgueiras e Guimarães como aqueles onde o número de insolvências é maior no setor de têxtil e moda, houve 110 falências decretadas na confecção de vestuário exterior foram mais de 30.
Já no setor do calçado, até junho deste ano entraram em falência 58 empresas.
Dois setores altamente exportadores onde as empresas que produzem maioritariamente para o mercado nacional estão a conseguir resistir melhor às dificuldades.