Por cada 10 contentores que saem do país em média 6 vão para a União Europeia (UE). Espanha é o principal destino das exportações portuguesas, seguida da Alemanha a braços com uma recessão e a França em plena crise orçamental, social e politica.
"Isto vai-se refletir nas nossas empresas sobretudo nos sectores tradicionais que são aqueles que estão, neste momento, mais nesses mercados. Estamos a falar de setores do têxtil, da metalomecânica, do mobiliário, do calçado, de componentes para automóveis", explica Luís Miguel Ribeiro, Presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP).
O sector da construção civil é quase sempre o primeiro a dar sinais quando há problemas na economia e há centenas, senão milhares, de pequenas e médias empresas portuguesas dependentes de encomendas francesas.
A Espanha já absorve 1/4 das exportações portuguesas, mas também corre alguns riscos de instabilidade politica. Os empresários querem, por isso, apoios do Estado para encontrarem mercados fora da Europa.
A Associação Empresarial de Portugal (AEP) defende que a avaria nos motores da Europa pode ser uma oportunidade para atrair mais investimento estrangeiro, mas também há quem tema exatamente o contrário.
Os últimos dados mostram que os espanhóis têm 30 mil milhões de euros investidos em Portugal, os franceses 20 mil milhões e os alemães nove mil milhões, atrás dos chineses.