Os trabalhadores da Zara, no Rossio, estão em greve, numa paralisação que ocorre num período estratégico, logo após o Natal. Na manhã desta quarta-feira, os funcionários da segunda maior loja da marca em todo o mundo manifestaram-se no centro de Lisboa. O sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal apontava uma adesão de cerca de 25% no turno da manhã.
Os trabalhadores reivindicam um aumento salarial mínimo de 150 euros, o fim da discriminação na atribuição de prémios e a redução da pressão nas vendas. A loja, inaugurada há três meses no Rossio, em Lisboa, emprega cerca de 120 pessoas e ocupa quatro pisos. Apesar da greve e da concentração, as portas abriram às 10 horas, desta vez sob protestos e maior ruído.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal, o salário mais baixo para um trabalhador a tempo inteiro ronda os mil euros brutos.
A greve acontece num contexto de lucros recordes para o grupo Inditex, proprietário da Zara, que nos primeiros nove meses do ano acumulou mais de 4 mil milhões de euros de lucro.