Este foi o ano da consolidação da trajetória de descida que começou em novembro de 2023. Esta sexta-feira, na reta final do ano, a Euribor a 12 meses registou um valor que não se via desde outubro de 2022. A taxa a 6 meses atingiu um mínimo em dois anos e a Euribor a três meses também caiu para um novo mínimo desde março do ano passado.
“Há um aumento já de concessão de crédito, ou seja, muitas famílias que tinham adiado a decisão de comprar casa devido aos elevados níveis da taxa de juro estão neste momento a retomar essa decisão “, explica Nuno Rico, economista da Deco Proteste.
Há melhores condições de crédito, mais famílias a pedir empréstimo e mais jovens a comprar casa com garantia pública do estado e isenção do IMT. São tendências de 2024 que devem manter-se no arranque do novo ano.
Mas, se por agora há boas notícias para quem tem crédito à habitação, as notícias são menos animadoras para quem está à procura de casa.
“Quando há um aumento de procura, não havendo um aumento de oferta correspondente, isto gera um aumento dos preços. São necessárias, e acho que isso é um dos principais desafios que o Governo tem para 2025 é apresentar algumas medidas para aumentar a oferta de imóveis”, diz Nuno Rico.
Um ano novo de oportunidades e desafios, mas também de incerteza sobretudo pela conjuntura internacional. 2025 é, por isso, encarado com otimismo nos números e cautela nas previsões.