Economia

Crise na Autoeuropa: trabalhadores exigem reforma antecipada aos 55 anos

Os funcionários reuniram-se junto à fábrica da fabricante alemã para discutir uma petição que foi entregue à Assembleia da República com mais de 13 mil assinaturas.

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Mais de 500 trabalhadores estão em risco de despedimento no Parque Industrial de Palmela. Pertencem a duas fábricas que fornecem material à Autoeuropa e que foram excluídas da construção do novo modelo da Volkswagen. O caso foi debatido num plenário de trabalhadores, onde também esteve em cima da mesa uma petição para exigir a reforma antecipada para os 55 anos.

Já conta com mais de 13 mil assinaturas. A petição dos trabalhadores da Autoeuropa deu entrada no parlamento em setembro e deverá ser debatido pelos deputados em março.

Exigem a reforma antecipada aos 55 anos, aumentos salariais de 15% para fazer face à subida do custo de vida e o reconhecimento de uma profissão de desgaste rápido.

Cerca de 600 trabalhadores reuniram-se em plenário. Admitem recorrer à greve se o Governo não os ouvir.

Mais de 500 postos de trabalho em risco

A Vanpro emprega 475 pessoas e a Tenneco 50. No total, estão em risco 525 postos de trabalho. Ambas as empresas fabricam componentes necessários à construção de carros.

Arriscam fechar as portas e a despedir pessoal. Até ao final do ano os empregos estão assegurados.

Os contratos com a Autoeuropa só terminam nessa altura. Depois, o fornecedor passará a ser outra empresa que faz parte do Parque Industrial de Palmela. Empresa essa que é detida em 50% pela Volkswagen.