Economia

Juros do crédito à habitação continuam a descer, mas o futuro é incerto

A taxa implícita, seguida pelo Instituto Nacional de Estatística, voltou a cair em janeiro para 3,9%. É o valor mais baixo dos últimos dois anos.

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A taxa de juro implícita nos contratos de crédito à habitação, a cair há 12 meses seguidos, está novamente abaixo dos 4%. Desceu em janeiro para 3,9%. Trata-se do valor mais baixo desde julho de 2023.

Também a prestação média paga pelas famílias que compraram casa diminuiu dois euros face a dezembro. Está agora nos 401 euros e mais de metade (225 euros) diz respeito a juros e 176 euros a capital amortizado.

Lagarde não sabe quando vai parar

Depois do pico em janeiro do ano passado, em que a taxa chegou aos 4,6%, nunca mais parou de descer. É o efeito das decisões do Banco Central Europeu, que desde junho está a cortar de forma gradual as taxas de referência.

Certo é que não voltaremos a ter taxas negativas, mas o caminho até atingirmos uma taxa neutral ainda é incerto.

As taxas Euribor que ditam a tendência no mercado estão neste momento abaixo da taxa seguida pelo INE, rondam os 2.5% em todos os prazos.

Apesar das taxas estarem a descer, o capital médio em dívida do crédito à habitação aumentou 500 euros e está quase a ultrapassar o patamar dos 68 mil euros.